O FESTIVAL

Parece que foi ontem, mas amanhã será

Chegamos a 12 edição do FESTIA, mais uma edição aguardada com curiosidade e também cheia de incertezas – Como vai ser? Quem vai vir? Quais bairros serão contemplados? Quem será o homenageado? E por parte da produção as questões são: Quando vamos receber? Onde vão ficar os artistas? Vai chover? Quantos apoiadores teremos? Foi o suficiente? Etc…

Muitas dessas respostas só teremos durante ou depois do festival. Sempre vi o campo das artes como o campo das utopias, por isso é o campo das incertezas e faz sentido quando dizem, “Dionísio é um Deus de poucos”.

Mas como diz o início do poema de título “Liberdade”, de autoria do Carlos Marighella, “Não ficarei tão só no campo da arte”. Apesar de ter plena consciência das dificuldades de fazer Cultura no nosso país, também saliento a sorte e o privilégio de termos parceiros incansáveis que nos acompanham desde a primeira edição, há mais de uma década, somado a uma equipe comprometida com um espírito de superação constante e com a garra de um leão.

Embora a sensação para a classe artística é de uma decolagem com turbulência em meio a s ruínas, fica a esperança de aguentar um pouco mais, pois vamos aterrissar em um campo lindo e verdejante, aonde vai fazer sentido toda a turbulência que estamos passando e os escombros ficarão para trás.

Além da enxurrada de editais que estão vindo por várias iniciativas e muito estimulado pelo governo federal, estamos chegando na  batalhada Lei Paulo Gustavo e com o radar em rota com a Lei Aldir Blanc 2, vale ressaltar que no Estado do Rio Grande do Sul, a rota da Paulo Gustavo atingiu quase 100% de adesão dos municípios, devido ao planejamento de voo traçado de forma coletiva, capitaneada pelo comitê Paulo Gustavo, formado pela sociedade civil e representantes de vários setores, onde foi feito um mutirão de sensibilização, um trabalho de formiguinha muito bem executado em busca das prefeituras que estavam com dificuldade de cadastrar o recebimento. Uma ação que enche o coração da gente com esperança, essa esperança, que um dia quem sabe, possamos chegar aos sonhados 2% do orçamento do governo federal para a Cultura.

Nesse ano estarão aterrissando na nossa aldeia grupos da Argentina, Uruguai, Pernambuco, Ceará, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e a potente representatividade dos nossos grupos locais. Vai ter teatro, circo, dança, sarau, rua, bonecos, bufões, palhaçaria, oficina de artes visuais, lançamento de livro, contação de histórias, estreias e muito mais. Todas as atividades são gratuitas, é só sentar e aproveitar a viajem!

Marcelo Militão

Coordenação Geral e Curadoria

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